Desde a Bíblia até a nossa história secular moderna, encontramos mulheres notáveis, cuja postura e atuação nos mais diversos setores vem se destacando mais e mais a cada dia. As mulheres são fantásticas!
Mas, foi numa conversa com minha filhinha, então com sete anos, naquela pauta diária enquanto nos preparamos para dormir, que recebi a inspiração que faltava para esta coluna. Depois de uma série de considerações que eu apresentava à Débora sobre a vida e o nosso relacionamento, passando obviamente por todas as recomendações de praxe que toda mãe amorosa faz desde a fundação do mundo, ela manda uma pérola aos meus ouvidos:
– Mamãe, depois de Jesus, quem me ama mais é você, e eu amo você também. Você é a minha melhor amiga.
– Eu sei, amor, mamãe ama você também. Você é a pessoa mais importante da minha vida (depois de Jesus, claro), agora vai dormir! Respondi encerrando o assunto por intuir que já estava tudo dito.
Percebi que às vezes deixamos passar de nós tantas oportunidades tão ricas de refletir sobre nosso papel de mãe.
Ser mãe não é um fardo, como muitas mulheres acreditam por aí. Ao contrário, a maternidade é um dom supremo de Deus às mulheres. Basta observar que quando Ele decidiu enviar seu único filho ao mundo, escolheu uma mulher virtuosa para dar-lhe a luz material e, da semente do Espírito Santo de Deus no ventre de Maria, nasceu nosso Salvador.
São nove meses de preparação no corpo e na alma para recebermos aquele “serzinho” maravilhoso que muda nossa vida de uma maneira tão especial e, enquanto os vemos crescer, aprender, falar de coisas que ensinamos, e até nos surpreender com suas personalidades próprias a recitar tão cedo suas expectativas e sonhos, nossa responsabilidade vai se concretizando diante de Deus, o Criador, aquele que nos dá filhos para cuidar e educar conforme Seus caminhos. Não posso entender mães que afirmam não “dar conta” de seus filhos. Meu Deus!
Em minha vida, já passei por muitas experiências, boas e ruins, e posso dizer que em todas elas houve sempre a presença de minha mãe. Com pulso firme e dedicação incondicional, ela me ensinou que dizer “não” também é sinal de amor. Ensinou-me que filhos são um pedaço de nós e que são eternos para suas mães, mesmo que não os tenham mais consigo. Minha mãe me ensinou provérbios de sabedoria que sempre estiveram em sua boca e no seu agir, e dos quais sempre me lembro e repito – Como diz a minha mãe… E ali está ela comigo. Mesmo depois de ter cumprido de forma excelente seu papel em minha vida, como presente máximo, minha mãe ainda me mostrou o caminho até a Salvação, em Jesus Cristo. Como quem conduz uma criança pela mão, ela me conduziu ao Altar com suas orações e conselhos espirituais.
Hoje tenho uma filha linda e inteligente (toda mãe vê seus filhos assim, não é mesmo?), e mais ainda conto com a experiência e carinho de minha mãe, a qual tenho o privilégio de ter morando ao lado de minha casa e convivendo conosco. E de repente, parece-me que quando as mães se tornam avós, acende-se nelas uma luz nova, um brilho, que só os netinhos podem ver.
E a Débora completa, em tom firme: – Não fico sem minha vovó!
Assim, quero dizer, na pessoa de minha mãe, a todas as mulheres que são mães e avós, o muito obrigado de todos os filhos e netos que se aninham “debaixo de suas asas” de amor e cuidado. O mundo muda, a gente cresce, o tempo passa, mas nossas mães serão sempre as melhores mulheres do mundo e eternas em nosso amor. Um abraço de filha (e mãe) a todas!
Que Deus continue a nos abençoar!